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Maternar a Si Mesma Na Visão da Psicologia Analítica



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Na psicologia analítica, “maternar a si mesma” é uma expressão que pode ser entendida como o ato de integrar o arquétipo da Mãe no próprio processo de individuação — ou seja, no caminho de tornar-se quem se é de forma plena e autêntica.


Esse “maternar” não é sobre repetir o que se recebeu da mãe biológica, mas sim acessar e desenvolver internamente as funções maternas arquetípicas: cuidar, acolher, proteger, nutrir e dar contorno à própria vida emocional.


Em termos junguianos, isso envolve:

• Acolher suas emoções sem julgamento, como uma mãe amorosa faria com uma criança ferida;

• Criar um espaço psíquico seguro para que conteúdos inconscientes possam emergir sem serem reprimidos ou negados;

• Estabelecer limites saudáveis, algo que também é função da Mãe arquetípica, que não apenas acolhe, mas também estrutura;

• Nutrir sua própria alma, com descanso, criatividade, espiritualidade, introspecção — tudo que conecta com a dimensão do feminino profundo.


Marie-Louise von Franz fala bastante sobre a importância de criar uma relação equilibrada com o feminino interior — o que inclui reconhecer e integrar essa função materna. Quando não há esse maternar interno, a pessoa pode ficar presa em autoexigência, desamparo ou dependência de cuidados externos para se sentir emocionalmente segura.

 
 
 

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